Nunca imaginei que trocaria o Brasileirão pelas partidas de rugby. Eu, Marcelo, 32 anos, nascido e criado em Curitiba, com um pai que chorou quando o Athletico ganhou a Sul-Americana, descobri o Rugby Bet numa quinta-feira chuvosa de 2022. Estava entediado, folheando opções de apostas online, quando avistei uma categoria que nunca tinha explorado antes. Cinco meses e algumas noites viradas depois, posso dizer que encontrei uma nova paixão que combina perfeitamente com meu amor por estatísticas e meu desejo de aprender algo novo – além de ter me rendido aquele dinheiro extra para a viagem de férias do ano passado.
Vou te contar como tudo começou – e não, não foi assistindo um jogo da seleção brasileira de rugby. Foi na casa do meu amigo Eduardo, engenheiro que estudou na Inglaterra por dois anos e voltou completamente “britânico” nos gostos. Numa tarde de sábado, enquanto a maioria dos brasileiros assistia futebol, estávamos lá, cerveja na mão, assistindo Nova Zelândia x África do Sul na Copa do Mundo de Rugby.
No início, eu não entendia absolutamente nada – “por que eles só passam a bola para trás?”, “que regra estranha é essa?”, “por que o juiz está apitando agora?”. Eduardo, pacientemente, foi explicando as regras básicas. Em algum momento da partida, ele mencionou casualmente: “Apostei R$50 que a Nova Zelândia ganha por mais de 7 pontos”. Duas horas depois, quando seu palpite se confirmou, percebi que talvez valesse a pena explorar esse universo das apostas em rugby, ou como os sites chamam: Rugby Bet.
Antes que você pense “esse cara deve ser um hipster querendo parecer diferentão”, deixe-me explicar exatamente o que é o Rugby Bet e por que está crescendo tanto aqui no Brasil, muito além da bolha de expatriados e ex-intercambistas como meu amigo Eduardo.
Em termos simples, Rugby Bet é apostar em qualquer aspecto de uma partida de rugby. Pode ser o resultado final, quantos pontos serão marcados, quem fará o primeiro “try” (algo como um gol no futebol, mas que vale 5 pontos), ou até mesmo eventos específicos como quantos “scrums” (formações ordenadas) acontecerão durante a partida.
O que descobri – e isto não costuma aparecer em artigos genéricos sobre o tema – é que as odds (cotações) do rugby tendem a ser mais favoráveis para apostadores como eu, que gostam de estudar estatísticas. Por quê? Porque menos pessoas apostam em rugby do que em futebol no Brasil, o que significa que as casas de apostas nem sempre conseguem ajustar as odds com a mesma precisão. E foi exatamente essa “falha no sistema” que me permitiu comprar aquele PS5 que minha esposa ainda pensa que ganhei num sorteio do trabalho.
Vamos ao que interessa: como você, pessoa comum que talvez nunca tenha assistido uma partida completa de rugby na vida, pode começar a apostar nesse esporte. Primeiro, esqueça aqueles tutoriais genéricos que encontramos na internet – vou te contar como realmente funciona, baseado nas minhas muitas horas (que deveriam ter sido dedicadas ao trabalho) estudando esse esporte.
Como brasileiro nascido e criado com o futebol correndo nas veias, admito que fui extremamente cético no início. “Rugby? Aquele esporte de inglês que parece futebol americano sem equipamento?”. Mas à medida que me aprofundei – primeiro por curiosidade, depois por interesse genuíno – percebi que o Brasil tem uma cena de rugby em crescimento que poucos conhecem.
Em julho do ano passado, assisti pessoalmente a um jogo do campeonato brasileiro no estádio do Pacaembu. Havia talvez 300 pessoas nas arquibancadas, mas a energia era incrível. Conversei com outros torcadores e descobri que não estava sozinho – vários ali também tinham começado a acompanhar o esporte por causa das apostas. Um rapaz me contou que ganhou o suficiente para comprar um carro usado apostando exclusivamente em partidas de rugby durante seis meses.
O que mais me surpreendeu foi a paixão dos jogadores brasileiros. Quase todos têm empregos normais durante o dia – conheci um piloto da seleção brasileira que é contador, e um hooker que trabalha como enfermeiro. Esse elemento humano e amador do esporte me conectou ainda mais com o rugby. Comecei a seguir jogadores nas redes sociais, entender suas histórias, e isso melhorou significativamente minhas apostas, pois sabia quando um time estava mais motivado ou enfrentando problemas internos.
Depois de mais de um ano dividindo minhas apostas entre futebol e rugby, cheguei a uma conclusão que pode irritar muitos brasileiros: para quem gosta de analisar dados e busca consistência, apostar em rugby pode ser mais lucrativo. Aqui estão as vantagens que descobri na prática (e não apenas teoricamente):
Sim, as apostas esportivas online são legais no Brasil desde dezembro de 2018, quando foi aprovada a Lei 13.756. A regulamentação específica ainda está em desenvolvimento, mas isso significa que você pode apostar em rugby sem medo de estar fazendo algo ilegal. Eu mesmo já declarei ganhos com apostas no Imposto de Renda (sim, infelizmente precisamos pagar imposto sobre isso) e nunca tive problemas. Apenas certifique-se de usar plataformas licenciadas e confiáveis – aquela indicação que seu primo recebeu no grupo de WhatsApp provavelmente não é uma delas.
Depois de testar mais de dez plataformas diferentes (e perder dinheiro em algumas pelo caminho), descobri que nem todas oferecem uma boa experiência para o Rugby Bet. Os melhores sites são aqueles que oferecem uma variedade decente de mercados, não apenas o vencedor da partida. Procure plataformas que permitam apostar em estatísticas como número de tries, pontos totais, e handicaps. Particularmente, uso três plataformas diferentes e comparo as odds antes de apostar – essa estratégia simples já me rendeu pelo menos 15% a mais em ganhos.
Meu conselho é simples: comece assistindo alguns jogos sem apostar. Eu passei duas semanas apenas observando partidas, entendendo as regras e criando minha própria “metodologia” antes de arriscar meu dinheiro. YouTube tem dezenas de vídeos explicando as regras básicas – assisti tantos que o algoritmo começou a me recomendar vídeos em inglês sobre técnicas avançadas de scrum, o que acabou sendo útil mais tarde. Quando finalmente comecei a apostar, limitei-me a R$10 por aposta durante o primeiro mês. Perdi algumas, ganhei outras, mas o mais importante: aprendi sem me quebrar financeiramente.
Essa foi minha maior dificuldade no início. Diferente do futebol, que está em todo canal, o rugby tem cobertura limitada. Descobri que a ESPN transmite os principais torneios internacionais, como o Six Nations e a Copa do Mundo. Mas para competições menos famosas, como o campeonato francês ou o Super Rugby, acabei assinando um serviço de streaming específico para esportes. Foi um investimento de R$29,90 por mês que se pagou rapidamente com apostas mais informadas. Também existe a opção de assistir highlights no YouTube, que ajudam a entender o estilo de jogo das equipes mesmo sem ver a partida completa.
Baseado em meus muitos erros (e alguns acertos), aqui estão as dicas mais valiosas que posso compartilhar:
Primeiro, entenda o básico do clima e seu impacto no jogo – chuva geralmente significa menos pontos totais, pois a bola fica escorregadia. Uma vez ganhei R$200 apostando em um total baixo de pontos simplesmente porque vi no meu aplicativo de clima que estava chovendo forte no local da partida.
Segundo, acompanhe notícias sobre lesões, especialmente dos chutadores principais das equipes – no rugby, os pontos de chutes podem representar mais de 50% da pontuação total de um time.
Terceiro, e mais importante: estabeleça um “bankroll” (valor total destinado às apostas) e nunca aposte mais de 5% dele em uma única partida. Parece conservador, mas essa disciplina foi o que me permitiu transformar R$500 iniciais em mais de R$3.000 ao longo de oito meses, mesmo com algumas sequências de derrotas pelo caminho.
O Rugby Bet mudou minha relação com esportes de maneira que nunca imaginei. De um cético total a um entusiasta que já está planejando uma viagem para assistir à próxima Copa do Mundo ao vivo. Se você está cansado das mesmas apostas de sempre e quer explorar algo novo – com potencial de lucro interessante – talvez o rugby seja o caminho. E quem sabe, assim como aconteceu comigo, você acabe descobrindo uma paixão nova que vai muito além das apostas. Só não me culpe se você também começar a usar gírias britânicas e a preferir cerveja morna.